ATA DA VIGÉSIMA REUNIÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA COMISSÃO REPRESENTATIVA DA DÉCIMA SEGUNDA LEGISLATURA, EM 29.07.1998.

 


Aos vinte e nove dias do mês de julho do ano de mil novecentos e noventa e oito reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Comissão Representativa da Câmara Municipal de Porto Alegre. Às nove horas e quarenta e cinco minutos foi realizada a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Carlos Garcia, João Dib, José Valdir, Juarez Pinheiro, Luiz Braz e Maria do Rosário. Ainda, durante a Reunião, compareceram os Vereadores Eliseu Sabino e Isaac Ainhorn. Constatada a existência de “quorum”, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e foram aprovadas a Ata Declaratória da Décima Primeira Reunião Ordinária, as Atas da Décima Segunda, Décima Terceira, Décima Quarta e Décima Quinta Reuniões Ordinárias, e as Atas Declaratórias da Décima Sexta e Décima Sétima Reuniões Ordinárias. Na ocasião, foi apregoado o Ofício nº 322/98 do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, informando que se ausentará do Município nos dias vinte e seis e vinte e sete de julho do corrente, a fim de participar de reunião com o Senhor Presidente do Banco Central do Brasil, a ser realizada na Cidade do Rio de Janeiro. Do EXPEDIENTE constaram: Ofícios nºs 307, 308, 309, 310 e 317/98, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre; 40/98, do Senhor Relindo Schlegel, Presidente da Associação Brasileira de Servidores de Câmaras Municipais - ABRASCAM; 77/98, do Senhor João Scharinger, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES; 1615/98, do Senhor Gilberto Chiapinotto, Superintendente de Negócios da Caixa Econômica Federal - CEF; 2507, 2512, 2514, 2516 e 2518/98, da Senhora Iara Leite, da Casa Civil do Estado/RS; Relatórios: do Senhor José Fortunati, Vice-Prefeito de Porto Alegre; do Senhor Jorge Celso Gobbi, Diretor Regional da Empresa Brasileira de Correio e Telégrafos no Rio Grande do Sul. Em COMUNICAÇÃO DE PRESIDENTE, o Vereador Luiz Braz manifestou-se acerca da alteração da rotina de trabalho observada neste Legislativo, em função da aproximação da data das eleições para Deputado Estadual, Federal e Governador, alertando para a necessidade de que as atividades na Casa transcorram normalmente durante este período. Ainda, registrou a realização de procedimento licitatório, a fim de viabilizar a execução de obras de cercamento e iluminação do prédio da Câmara Municipal de Porto Alegre, e para a instalação de um painel eletrônico de votação no Plenário Otávio Rocha. A seguir, o Vereador Isaac Ainhorn formulou Requerimento verbal, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão, e modificação na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador João Dib teceu considerações a respeito da atual estrutura viária existente no Município, discorrendo a respeito da construção da Terceira Perimetral no Município de Porto Alegre. Também, criticou o Executivo Municipal pela divulgação de notícias através da imprensa, relativas à concepção e planejamento da Terceira Perimetral, alegando que a criação desta Avenida não foi decidida através de deliberações do Orçamento Participativo, mas por uma administração anterior à que hoje encontra-se na direção do Município. A Vereadora Maria do Rosário pronunciou-se acerca do leilão realizado no dia de hoje, destinado a promover a transferência do controle da Telecomunicações Brasileiras S. A. - TELEBRÁS à iniciativa privada, manifestando-se contrariamente à política de privatização de empresas estatais adotada pelo Governo Federal e traçando um paralelo entre a situação ora verificada no Brasil e os efeitos causados pela adoção de políticas semelhantes em países como a Argentina. O Vereador Carlos Garcia informou ter formulado uma Indicação ao Senhor Governador do Estado do Rio Grande do Sul, solicitando a realização de obras de ampliação da Via do Trabalhador, de modo a determinar sua expansão até o local onde encontra-se situado o Hospital Parque Belém, salientando a importância desta obra para que o acesso ao referido hospital seja facilitado, trazendo assim benefícios à população da Região Metropolitana de Porto Alegre. O Vereador Eliseu Sabino elogiou atitude tomada pelo Governo do Estado, no sentido de promover a reabertura de posto da Brigada Militar localizado no Bairro Bom Jesus. Também, externou sua preocupação com os alagamentos que vêm ocorrendo no Bairro Sarandi, solicitando providências junto ao Departamento Municipal de Esgotos Pluviais - DEP, para a realização de obras de desobstrução da rede de esgoto instalada no local. O Vereador Isaac Ainhorn teceu considerações acerca das dificuldades enfrentadas pela população quando da procura aos serviços de saúde pública colocados à disposição pelo Sistema Único de Saúde - SUS, analisando os motivos causadores desta situação e propugnando pela adoção, por parte da Administração Pública em seus âmbitos Municipal, Estadual e Federal, de medidas que viabilizem a melhoria no sistema de saúde pública do País. A seguir, constatada a existência de "quorum", foram aprovados Requerimentos dos Vereadores Renato Guimarães e Clovis Ilgenfritz, solicitando Licença para Tratar de Interesses Particulares, no dia de hoje, tendo o Senhor Presidente informado que assumiriam a titularidade da Comissão Representativa, respectivamente, os Vereadores Décio Schauren e Gerson Almeida. Na ocasião, face à Questão de Ordem suscitada pelo Vereador João Dib, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca das disposições regimentais atinentes ao exercício da titularidade da Comissão Representativa, quando da aprovação de Requerimentos de licença formulados pelos Senhores Vereadores, e foi apregoada Declaração da Vereadora Maria do Rosário, informando a impossibilidade dos Vereadores Antônio Losada e Guilherme Barbosa em exercer a titularidade da Comissão Representativa, no dia de hoje. Em continuidade, o Senhor Presidente registrou a presença do Vereador Francisco Amaury Laselva, do Município de São Caetano/SP, e de sua esposa, convidando Sua Excelência e Sua Senhoria a integrarem a Mesa dos trabalhos. A seguir, constatada a existência de "quorum", foi iniciada a ORDEM DO DIA, e a Vereadora Maria do Rosário, em nome da Bancada do PT, manifestou-se em saudação ao Vereador Francisco Amaury Laselva e mencionou estar em tramitação neste Legislativo Projeto de Lei que visa a ampliação das atividades da Instituição Comunitária de Crédito PORTOSOL. Foi aprovado o Requerimento verbal formulado anteriormente pelo Vereador Isaac Ainhorn, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. A seguir, foram aprovados os seguintes Requerimentos: de nº 156/98 (Processo nº 1955/98 - Grande Expediente em homenagem aos cinqüenta anos de existência no Brasil do Movimento Na'Amat Pioneiras), de autoria do Vereador Isaac Ainhorn; de nº 169/98 (Processo nº 2181/98 - Sessão Solene em homenagem ao Octogésimo Quinto aniversário do Grêmio Beneficente dos Oficiais do Exército - GBOEX), de autoria do Vereador Luiz Braz. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Decreto Legislativo nº 10/98, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores João Dib e Maria do Rosário. A seguir, foi aprovado Requerimento verbal do Vereador João Dib, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Foi aprovado o Requerimento nº 172/98 (Processo nº 2270/98 - Sessão Solene destinada à entrega do Prêmio de Ciência e Tecnologia "Mário Schenberg" ao Professor Joaquim Blessmann), de autoria do Vereador João Dib. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovadas as Indicações nºs 42, 44 e 54/98, esta após ser discutida pelos Vereadores Maria do Rosário, Adeli Sell, Gerson Almeida e Carlos Garcia. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovadas as Indicações nºs 55 e 56/98, esta após ser discutida pelos Vereadores Adeli Sell, Luiz Braz e Juarez Pinheiro. Na oportunidade, o Senhor Presidente prestou informações a respeito dos contatos realizados entre a Câmara Municipal de Porto Alegre e o Banco do Estado do Rio Grande do Sul - BANRISUL, visando à instalação de um terminal de auto-atendimento no posto bancário da referida instituição financeira, localizado nas dependências deste Legislativo. Às onze horas e trinta e dois minutos, constatada a inexistência de "quorum", o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Reunião Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Luiz Braz, Isaac Ainhorn e Juarez Pinheiro e secretariados pelos Vereadores Juarez Pinheiro e Paulo Brum. Do que eu, Juarez Pinheiro, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 

 


O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Solicito ao Ver. Isaac Ainhorn que assuma a Presidência dos trabalhos a fim de que eu possa utilizar o tempo de Comunicação de Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE (Isaac Ainhorn): O Sr. Luiz Braz está com a palavra para uma Comunicação de Presidente.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, as pessoas têm-me indagado, várias vezes, nesse período de recesso, se por motivo das eleições, esta Casa irá alterar a sua rotina de trabalho, fazendo com que as nossas Sessões sejam modificadas, a fim de que os Vereadores que estão tomando parte nessas eleições possam participar do processo eleitoral de uma forma mais tranqüila. Tenho respondido a todas as pessoas que me fazem esta pergunta, que este Legislativo não vai alterar a sua rotina de trabalho, que este Legislativo vai manter integralmente todos os trabalhos que realiza em todas as Sessões, votando todas as matérias e que os Vereadores que estão envolvidos nesse pleito, que se não me engano, são no total de 22 Vereadores, terão que adequar o seu trabalho na busca de votos para chegarem até a Assembléia, até o Senado, até a Câmara Federal com o trabalho que realizamos, aqui, na nossa Câmara. Não estamos disputando uma eleição municipal. Esta Câmara não está envolvida diretamente neste pleito, mas os Vereadores têm todo o direito de, como estão fazendo, buscarem atingir patamares mais elevados dentro da política, tanto no Estado, como na Federação. Por isso apenas desejamos boa sorte a todos esses Vereadores que estão buscando alterar as suas condições representativas, mas nós, como já fizemos outras vezes, estamos alertando a todos os Srs. Vereadores, não vamos, não podemos, não seria justo e lícito alterarmos a rotina de trabalho aqui na Câmara Municipal. Peço que todas as Bancadas alertem os Srs. Vereadores, alertem todos aqueles que estão intervindo neste pleito, que terão que comparecer para realizar seus trabalhos aqui na Câmara normalmente, e é claro, a Câmara toda deverá comparecer e principalmente esta Presidência deseja boa sorte a todos para que possam fazer o melhor possível, como o fazem aqui na Câmara Municipal, como representantes municipais. Mas peço que não misturem esse desejo da Presidência de que façam um bonito papel nessas eleições com qualquer tipo de flexibilidade que poderíamos ter para que isso seja facilitado. Primeiramente temos que cumprir com a nossa missão aqui na Câmara Municipal, sem que haja nenhum tipo de interferência.

Vera. Maria do Rosário, eu não estou fazendo nenhuma crítica aos Vereadores da Casa, estou apenas respondendo aos meios de comunicação, que me indagam a respeito desse assunto. Mas tenho certeza absoluta que os Vereadores desta Casa são conscientes e têm demonstrado, com a presença neste Plenário e com o trabalho que vêm realizando, que não pretendem alterar o trabalho que realizam aqui nesta Casa.

Desde segunda-feira está na rua uma licitação que vai alterar o visual desta Casa. Acreditamos que o visual desta Casa, até o final do ano, mudará com a instalação de uma cerca em volta da Câmara. A cerca não vai impedir o acesso das pessoas, nem vai isolar a Câmara do povo, mas ela será instalada para impedir a ação de vândalos que entram, principalmente na madrugada, arrombando janelas e praticando pequenos furtos

Essa cerca terá a função de proteger o patrimônio público. Desde segunda-feira a licitação já está na rua. Acreditamos que brevemente será iniciada a obra.

O projeto de iluminação da Câmara, também muito importante, já está iniciado e até o final do ano teremos a iluminação no entorno do prédio.

Gostaria de informar aos Senhores Vereadores que fiz contato com algumas empresas, durante o recesso, com o objetivo de buscar preços e condições para a instalação de um painel eletrônico para as votações. Pedimos preços e modelos e os estaremos encaminhando para que as Lideranças, Mesa e Vereadores possam tomar conhecimento de tudo o que está sendo feito e que esse processo possa ser discutido com todos os Senhores. Se chegarmos à conclusão de que isso será bom para o Legislativo, até o final do ano o painel será instalado. Isso irá facilitar bastante as votações e diminuir o tempo gasto com elas.

Tudo que vier a acontecer será comunicado à Mesa e aos Senhores Vereadores. Esperamos que essas medidas venham a contribuir para melhorar as condições de nosso trabalho. Quanto melhor forem as condições de trabalho, melhor será a atuação de cada parlamentar e melhorando a atuação dos parlamentares, é claro que nós vamos aumentar o nível de representação e as condições vão melhorar em todo o nosso Município. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Devolvemos a Presidência dos trabalhos ao Presidente da Casa, Ver. Luiz Braz, em função do tempo de Presidência que o mesmo ocupou.

 

O SR. ISAAC AINHORN (Requerimento): Sr. Presidente, nós gostaríamos, em nome da nossa Bancada, do PDT, de requerer que, em primeiro lugar, ingressássemos na Ordem do Dia. De outra feita, nós gostaríamos - tendo em vista a necessidade de exame por este Plenário de Requerimentos de Sessões do mês de agosto, que depende da anuência desta Casa - que fosse contemplado, primeiramente, o Requerimento que trata de uma Sessão Solene em homenagem ao Grêmio Beneficente dos Oficiais do Exército - GBOEX; de outra parte um outro Requerimento, de autoria deste Vereador, que requer Sessão Solene em homenagem aos 50 anos do grupo da Comunidade Judaica Na’mat Pioneiras.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Ver. Isaac Ainhorn, a própria ordem dos trabalhos já nos coloca que imediatamente passemos à Ordem do Dia depois de fazer a chamada nominal dos Srs. Vereadores, e depois que todas as Lideranças da Casa utilizarem os tempos que já estão sendo solicitados. Com relação aos Requerimentos que V. Exa. coloca para serem votados em primeiro lugar, logo que ingressarmos na Ordem do Dia os colocaremos em votação.

O Ver. João Dib está com a palavra em Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, na Pauta do dia de hoje, há um pedido de autorização para o Prefeito Raul Pont viajar aos Estados Unidos para assinar um contrato de financiamento para a III Perimetral com o Banco Interamericano de Desenvolvimento. O mesmo Banco que há um mês foi execrado pela Liderança petista. Mas esta Casa que trabalha ininterruptamente, quando há reuniões da Comissão Representativa na quarta e na quinta-feira, apenas recebeu a solicitação do Prefeito na quinta-feira à tarde e as Lideranças acordaram com o Presidente que o Prefeito seria autorizado ad referendum.

Estou falando na III Perimetral para fazer o seu histórico. No dia 09 de maio de 1978, portanto há 20 anos, o então Secretário, Jorge Englert, da Administração Guilherme Socias Villela, extraordinário Prefeito, deveria ser sucedido por este Vereador. Um dia antes da posse deste Vereador na Secretária Municipal de Obras e Viação, e o Dr. Jorge Englert convidou-me para, juntamente com o Prefeito Villela, descerrar a fita que inaugurava a Av. Tarso Dutra. Estava aberta a III Perimetral em toda a sua extensão. A III Perimetral foi colocada no Plano Diretor de 1959, quase 40 anos atrás, e, em 1983, eu alargava a Av. Carlos Gomes; como Prefeito, melhorava as condições de circulação da III Perimetral. E no fim do ano, eu entregava à população porto-alegrense, e prontas, as ruas Edu Chaves, Souza Reis, Pereira Franco e a Av. Ceará, e o início já definido, e que não será alterado, da III Perimetral.

O programa Cidade Viva custa, este ano, para a Prefeitura, ou seja, para o povo de Porto Alegre, quase cinco milhões de reais, mente como mente desde o seu primeiro programa que dizia que a Prefeitura receberia 37 ha como doação. Mentira deslavada! Para evitar que a doação, que não era doação porque havia cláusulas de retorno, porque havia compromissos, não passasse pela Câmara. Então, mentiu no primeiro programa e agora mente quando diz e dá a entender à população porto-alegrense e a do Rio Grande, que a III Perimetral foi aprovada há dois anos pelo Orçamento Participativo. Não! A III Perimetral não foi cuidada ao longo de 10 anos, dez anos e nada foi feito na III Perimetral, havendo excesso de arrecadação, havendo superávit. Nada impedia que o superávit de 95, que foi de dez milhões de reais, tivesse já dado o gabarito definitivo, ou quase, na Aparício Borges. Nada impedia em 96, com um superávit de seis milhões de reais, que se desse continuidade e nós tivéssemos a Tarso Dutra duplicada. O que lá está, na Tarso Dutra, foi feito pela Schilling Kuss e depois repavimentada por nós, Prefeitura. A Prefeitura não foi inventada na Administração petista. Há dez anos: 1773, 24 de julho, Porto Alegre tornava-se capital e já tinha uma Prefeitura. Então, não tem por que pensar que tudo começou agora e dar a entender que o Orçamento Participativo, há dois anos, decidiu a III Perimetral.

Mas devo dizer, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, que o Prefeito não estaria em Washington assinando o contrato com o BIRD se não fosse a boa vontade desta Casa ou, melhor do que a boa vontade, o cumprimento do dever desta Casa, onde a oposição tem maioria, poderia ter impedido e não impediu, como também não impediu a sua viagem. A oposição nesta Casa coloca, acima dos seus próprios interesses políticos, o interesse da Capital porto-alegrense, que é de todos. O que nós vemos? O Prefeito pagando com o dinheiro de Porto Alegre para dizer que a III Perimetral foi decidida no Orçamento Participativo. Eu não gosto da mentira, também não gosto de meias verdades! Eu gosto da transparência, da clareza e da seriedade. Saúde e paz.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: A Vera. Maria do Rosário está com a palavra, em Comunicação de Líder.

 

A SRA. MARIA DO ROSÁRIO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, são dez horas e sete minutos e provavelmente, pela televisão ou pela EMBRATEL, nós temos a transmissão de um crime sendo cometido contra a nação brasileira, o crime da venda da TELEBRÁS, da liquidação, da negociata, o crime da molecagem com o patrimônio público. Isso é o que faz o Governo de Fernando Henrique Cardoso, num processo no qual ele atinge em cheio o monopólio público na área de telecomunicação: entrega “de bandeja” um sistema constituído pela sociedade brasileira, absolutamente eficiente, rentável para o monopólio privado estrangeiro.

Quero, portanto, nesse tempo de Liderança do Partido dos Trabalhadores, dizer, em nome da nossa Bancada, que tal crime não ficará impune frente aos olhos e ao desejo da população brasileira. Nós sabemos o quanto vale a TELEBRÁS, nós sabemos o valor de uma Vale do Rio Doce, nós sabemos o valor da PETROBRÁS, nós sabemos o valor exato de empresas constituídas a partir da contribuição e do esforço de cada trabalhador brasileiro que hoje, e desde o início desse Governo, são liquidadas, são entregues nas mãos de investidores estrangeiros que não têm nenhum vínculo com o desenvolvimento tecnológico, com o desenvolvimento social, com desenvolvimento econômico da Nação Brasileira, mas, muito ao contrário, os únicos vínculos são aqueles dos tentáculos da própria globalização que, em si, não é um fenômeno negativo, mas, da forma com que o Brasil se insere nesse fenômeno da globalização, se transforma em absolutamente negativo, porque é entregando a Nação Brasileira, é colocando a Nação Brasileira forçosamente de joelhos frente aos investidores internacionais que esse Governo se colocada no mercado mundial.

Quero dizer aos senhores que o Partido dos Trabalhadores em todo o Brasil participa deste momento com dor, mas com bravura, ao lado dos demais partidos populares, das entidades da sociedade, dos setores telefônicos, da sociedade civil, da defesa da TELEBRÁS. Foi feito um grande tapume e mais de três mil soldados isolam a área onde ocorre o leilão. Não são três mil soldados, um grande tapume apenas, mas a verdade é a distância de um Governo que se colocou de uma forma imperial sobre o povo brasileiro, manipulando o Parlamento, comprando Deputados, tratando o próprio Parlamento Federal desrespeitosamente em todos os momentos desta atual legislatura. É aí que se encontra a verdadeira distância que o Poder Executivo estabeleceu em relação ao povo brasileiro.

Quero lembrar, sem dúvida, com preocupação, que no ano passado, quando o Ministro das Telecomunicações era Sérgio Motta, tivemos - apesar de tantos ataques daquele Ministro à população brasileira, aos trabalhadores e aos partidos de oposição ao Governo - um valor orçado, em preço mínimo, em torno de 30 bilhões de reais. O atual Ministro das Telecomunicações anunciou como valor mínimo cerca de 13 bilhões de reais. E a diferença disso? Será que amanhã, após liquidar, entregar por preço ridículo um sistema que está sendo desmembrado em 12 empresas para venda, o Governo não anunciará mais uma vez, de forma hipócrita, que conseguiu um pouco mais, que elevou o valor, que conseguiu um ágio? É esse o jogo do atual Governo de Fernando Henrique Cardoso, reduzir os preços das estatais, colocá-las à venda, estimular o monopólio privado em áreas estratégicas, como a comunicação, como as áreas energéticas, entregando por um preço vil? Depois, no dia seguinte, os jornais, que formam a rede de comunicações que está a serviço desse próprio Governo para a sua eleição, estabelecem como sendo uma vitória do Governo, alguns trocados. Por que é assim que se contam os bilhões de reais que estão sendo perdidos com a venda desta Empresa, como ágio, e como vitória do Governo?

Portanto, Srs. e Sras. Vereadores, a Bancada do PT quer repudiar veementemente isso que já se realizou na Argentina e em boa parte do mundo, e que não trouxe benefício a nenhum povo deste Planeta. Em especial queremos repudiar esse Governo e certamente a população brasileira também saberá fazê-lo nas urnas em 04 de outubro. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE: Para uma Comunicação de Líder tem a palavra o Ver. Carlos Garcia, pelo PSB.

 

O SR. CARLOS GARCIA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Desde o ano passado estamos solicitando ao Governo do Estado a ampliação da Via do Trabalhador, que hoje termina na Restinga, e nós entramos com um Pedido de Indicação ao Governador para que ela seja estendida até o Hospital Parque Belém.

A direção do Hospital Parque Belém nos informou - nós temos mantido vários contatos - que aproximadamente trinta mil pessoas, durante o mês, utilizam aquele hospital para atendimento. Grande parte dessas pessoas é proveniente de outros municípios e não podem utilizar o ônibus da Via do Trabalhador, tendo que se dirigir do seu município e parar, aqui em Porto Alegre, na Restinga, não conseguindo um ônibus que vá até o Parque Belém. Conseqüentemente, são obrigadas a fazerem um grande deslocamento, por exemplo, de Gravataí a Porto Alegre, tomando, dentro de Porto Alegre, um ônibus até o Hospital Parque Belém. O mesmo ocorre com outros municípios da Região Metropolitana.

Em média essas pessoas têm que fazer, de sua casa até o Hospital Parque Belém, uma viagem de, aproximadamente, três horas, três horas e meia. É um deslocamento muito grande, que poderia ser reduzido para, no máximo, uma hora. O custo social seria mais barato, porque os usuários pagariam somente uma passagem e chegariam ao seu destino em menos tempo.

Há aproximadamente sessenta dias nós mantivemos um contato com o Secretário de Assuntos Metropolitanos, Dr. Cláudio Manfrói, em que o Governo do Estado considerou viável a extensão da Via do Trabalhador até o Hospital Parque Belém. A direção do Hospital já destinou uma área para ser o terminal da Via do Trabalhador.

Nós estamos cobrando, novamente, aqui nesta Casa, que o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Assuntos Metropolitanos, determine que essa obra seja realizada o quanto antes, pois ela não implica em nenhuma alteração viária, já que a Av. Oscar Pereira permite a extensão da Via. A direção do Parque Belém, por sua vez, já destinou uma área para que seja feita essa extensão. Lá fica o Terminal da Via do Trabalhador. O que estamos cobrando, nesta Casa, é que o Governo do Estado, através da Secretaria de Assuntos Metropolitanos, dê a determinação para que essa obra seja realizada o quanto antes, porque não implica nenhuma alteração viária, já que a Oscar Pereira o permite, tranqüilamente. A Direção do Parque Belém, como dissemos, já determinou a área e o que está faltando, neste momento, é a decisão política do Governo do Estado, orientando para que a Via do Trabalhador seja estendida até o Hospital Parque Belém.

Voltamos a enfatizar que quem vai lucrar com isso é a população da Grande Porto Alegre, que vai conseguir chegar ao Hospital Parque Belém mais rápido, economizando quase duas horas, pois essas pessoas, para marcar uma consulta no Hospital, têm que estar lá às 7 horas, e têm que sair de casa pelas 4 horas da madrugada. É uma questão de bom-senso e agilidade.

Encarecemos, então, novamente, ao Governo do Estado, através da Secretaria de Assuntos Metropolitanos, na pessoa do Dr. Cláudio Manfrói, que determine, o quanto antes, a execução dessa obra, para que o Hospital Parque Belém e seus usuários possam ter uma agilidade maior no atendimento social, já se briga tanto pelo atendimento pelo SUS naquele Hospital, que ainda faz o atendimento pelo SUS. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Eliseu Sabino está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ELISEU SABINO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, é com alegria que ocupamos esta tribuna, parabenizando o Ver. Carlos Garcia que colocou as preocupações pertinentes à nossa Cidade. Acho que, na representação desta Cidade, como Vereador, é muito importante essa iniciativa.

Dessa forma também estamos aqui, considerando que na semana passada ocupamos a tribuna para manifestar a nossa preocupação com relação ao fechamento de um Posto Policial na Vila Brasília, no Bairro Bom Jesus. Quando verificamos de perto a situação do fechamento daquele Posto foi uma preocupação muito grande. Durante mais ou menos quinze dias em que o Posto esteve fechado, houve uma demanda muito grande de violência. Constataram cinco homicídios naquela região em apenas 15 dias, pela ausência de segurança do Posto Policial, que a própria Associação dos Moradores da Vila construiu e mobiliou. Inexplicavelmente, foram retirados os militares daquela área, foram retirados os utensílios daquela casa, daquele posto.

Estamos aqui para manifestar a nossa palavra de agradecimento ao Governo do Estado, ao Comando da Brigada Militar que, com muita propriedade e iniciativa imediata, reabriu o Posto, que está em pleno funcionamento. Nós continuamos reforçando o pedido de ampliação daquele Posto. Uma viatura da Brigada Militar não consegue atender às necessidades daquela região. Nós agradecemos, até porque vemos a preocupação do Comando da Brigada e também do Governo do Estado.

Manifestamos aqui a nossa preocupação com relação a uma situação que ocorre com os moradores da Rua Francisco Pinto da Fontoura, no Bairro Sarandi e adjacências. Aquele é um lugar que está sendo atingido pelas grandes cheias que ocorrem em nossa Cidade, portanto, solicitamos ao DEP, ao Prefeito e à Prefeitura Municipal providências urgentes para a desobstrução da canalização cloacal daquela rua, porque a cada temporal, a cada chuva, a rede cloacal de esgoto não dá vazão ao volume de água, ocorrendo o transbordamento daqueles esgotos cloacais, ficando as ruas inundadas e as casas submersas sob as fezes. Inclusive, já registraram problemas de saúde como micoses em alguns moradores que, no trabalho de limpeza de seus pátios, contraem essa doença. Os moradores estão percebendo essa situação. Existe, inclusive, um processo junto ao Departamento de Esgotos Pluviais, datado de 10-12-97. Portanto, daqui a pouco esta reclamação estará fazendo aniversário e nós manifestamos a nossa preocupação, considerando inadmissível que numa cidade como Porto Alegre, onde a Prefeitura manifesta amplamente um bom trabalho - até as divulgações são bastante amplas - quase um ano se passe com uma reclamação de ruas que são submersas por esgotos pluviais.

 Evidentemente, vamos encaminhar um Pedido de Providências a esta Casa e chamamos a atenção do Diretor do Departamento de Esgotos Pluviais para que dê uma olhada com muita preocupação para esta situação. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Perguntamos e indagamos o que está acontecendo com a saúde em nosso País, em nosso Estado, em nossa Cidade. Os hospitais da rede do Sistema Único de Saúde enfrentam, nesse momento, uma das mais dramáticas situações que já se assistiu em termos de atendimento à população que depende do Sistema Único de Saúde. As filas e as salas de espera dos plantões de atendimento em nossa Cidade expressam a calamidade e a gravidade do Sistema Único de Saúde.

Retornava, na segunda-feira, de São Borja, e já observava, às 6 horas da manhã, o que é a fila de atendimento que varava a madrugada no Hospital Presidente Vargas.

Assisti, recentemente, ao drama de uma professora da Cidade de Osório que se encontra hospitalizada no Hospital Cristo Redentor. Conseguiu uma vaga de internamento hospitalar, está paraplégica. A indicação do neurologista era um exame de ressonância magnética e há 15 dias não havia providência para a realização do exame. Primeiro, porque nenhum hospital da rede pública dispõe do aparelho de ressonância magnética no Rio Grande do Sul. Em segundo lugar, os outros hospitais só proporcionam o exame de ressonância magnética mediante pagamento. Essa pessoa ficou quase 20 dias dependendo da realização de um galeto na sua cidade natal, Osório, para a realização de um exame de ressonância magnética, para então buscar o dinheiro para poder fazer o exame. Esse é o dia-a-dia. Não vou falar de uma das instituições mais caras e respeitadas da Cidade, que ainda continua sendo hospital efetivamente filantrópico, que é o Hospital Psiquiátrico Espírita que, diariamente, atende os necessitados, indigentes, viciados e alcoólatras e que, no entanto, não tem verbas para se manter e corre o risco de, a qualquer momento, pela ineficiência da ação da saúde na Cidade de Porto Alegre, fechar. A responsabilidade é múltipla, a responsabilidade é do Poder Público Municipal e a responsabilidade é do Governo Fernando Henrique, que é omisso em relação a situação da saúde em nosso País. Eu não sei o que aconteceu com a saúde, mas sei, muito bem, que ela vem, desde o Governo Itamar Franco, sendo sucatada em nosso País e o drama da saúde chegou a um ponto de insustentabilidade pelo absoluto caos no atendimento aos necessitados de atendimento médico-hospitalar. É lamentável que tenhamos que fazer este registro.

Notem, V. Exas., que estamos em um período pré-eleitoral e que em um período pré-eleitoral os governantes são muito rápidos e ágeis no sentido de maquiar as coisas. Se isso já está assim às vésperas de uma eleição, quando as autoridades primam por dar uma “melhoradinha” aparente, imaginem o que vai ocorrer com a saúde em nosso País após as eleições.

Por derradeiro, também manifesto a minha indignação, embora emergencialmente tenha sido feito um convênio de atendimento oftalmológico no Hospital Petrópolis, com a omissão do Banco de Olhos, que não atende mais pelo Sistema Único de Saúde, todos os atendimentos cirúrgicos são cobrados e são recusados alguns em caráter emergencial. Essa é a calamidade, Sr. Presidente, da saúde pública, que nós, com a responsabilidade do nosso mandato, não podemos deixar de registrar. Hoje, milhares de pessoas dependem de atendimento oftalmológico e não têm, e quem depende de uma cirurgia com a dedicação de funcionários e de médicos de áreas de hospitais da Cidade está marcando com um ano e meio, dois anos de antecedência, cirurgias que se impõem, como de catarata, de glaucoma, que exigem ação imediata e rápida.

Lamentavelmente, tivemos que fazer esse registro, esperando providências, tanto das autoridades públicas municipais e notadamente das federais, que se omitem totalmente em relação à questão da saúde em nosso País, que, infelizmente, está em estado caótico. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR 1º SECRETÁRIO: O Ver. Renato Guimarães solicita licença para tratamento de assuntos particulares no dia de hoje.

 

O SR. JOÃO DIB (Questão de Ordem): Pergunto à Mesa: essa solicitação de licença para tratamento de interesses particulares resulta em quê, no recesso?

 

 

O SR. PRESIDENTE: Quando o Vereador titular da Representativa solicita licença o suplente assume.

 

O SR. JOÃO DIB: Sou grato, Sr. Presidente.

 

(Obs.: Foi aprovado o Requerimento de licença do Ver. Renato Guimarães, conforme consta da Ata.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Clovis Ilgenfritz solicita licença para tratamento de assuntos particulares no dia de hoje.

 

(Obs.: Foi aprovado o Requerimento de licença do Ver. Clovis Ilgenfritz, conforme consta da Ata.)

 

Convidamos para fazer parte da Mesa o Vereador da Câmara Municipal de São Caetano, Estado de São Paulo, Francisco Amaury Laselva, que é filiado ao PFL e está acompanhado de sua esposa.

Tenho certeza de que é uma honra para todos nós, Vereadores de Porto Alegre, estarmos recebendo um Vereador da cidade de São Caetano, na Região do ABC paulista.

Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

Para a Bancada do PT, aqui, há uma coisa importante. O Ver. Francisco Amaury Laselva, que é Vereador de São Caetano do Sul, Estado de São Paulo, está aqui em Porto Alegre para fazer consultas e pesquisas com relação ao Banco Municipal. Ele é um Vereador do PFL, está aqui fazendo essas consultas em missão oficial, para levar lá para São Caetano dados a respeito do Banco Municipal.

 

A SRA. MARIA DO ROSÁRIO (Questão de Ordem): Sr. Presidente, nós queremos saudar o Vereador que nos visita em nome da Bancada do PT e sugerir à Mesa Diretora que também passe ao Vereador o Projeto que tramita nesta Casa que possibilita a ampliação das atividades do Portosol, assim além de estudar a Instituição, o Vereador saberá das modificações que pretendemos e que já tramitam na Casa. Muito obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE: Requerimento de autoria do Ver. Isaac Ainhorn, solicitando que os Requerimentos nºs 156/98 e 169/98 sejam votados em primeiro lugar. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Requerimento nº 156/98, Proc. 1955/98, de autoria do Ver. Issac Ainhorn, solicitanto uma homenagem, no Grande Expediente, aos 50 anos de existência do Movimento Na’Amat Pioneiras. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Requerimento nº 169/98, Proc. nº 2181/98, de autoria do Ver. Luiz Braz, solicitando a realização de Sessão Solene em homenagem ao octogésimo quinto aniversário do GBOEX - Grêmio Beneficente dos Oficiais do Exército. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.


DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 2327/98 - PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 010/98, de autoria da 2ª Comissão Representativa, que autoriza o Prefeito Municipal a se ausentar do País, de 27 a 30 de julho de 1998.

 

Parecer:

- da 2ª Comissão Representativa. Relator Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PDL nº 10/98. (Pausa.) Em votação.

Informo aos Srs. Vereadores que estamos votando “ad referendum”, de acordo com o contato que fizemos com as Lideranças que estavam no dia em que recebemos o pedido do Sr. Prefeito Municipal. Recebemos das Lideranças aquiescência para que pudéssemos proceder dessa forma a fim de não impedirmos que o Sr. Prefeito pudesse viajar, porque para isso precisaria receber a licença deste Plenário e por isso estamos fazendo a votação desta licença hoje. O Ver. João Dib está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, para as oposições nesta Casa há dois caminhos: o interesse de Porto Alegre e o que não interessa a Porto Alegre. Quando o interesse de Porto Alegre está em jogo, as oposições se unem e apoiam a Bancada do Partido dos Trabalhadores, sistematicamente. Nós vamos, inclusive, aos extremos de, como oposição, pedir urgência para Projetos de interesse do Executivo. Nós vamos aos extremos de consertar Projetos do Legislativo, como é o caso deste de empréstimo para a III Perimetral que veio todo tumultuado, todo mal informado, mal somado, mas as oposições atentas aos interesses de Porto Alegre, atentas aos anseios desta Cidade que para crescer precisa aplicar o Plano Diretor, precisa desenvolver as suas perimetrais, consertou o Projeto, autorizou a realização do empréstimo e numa demonstração de carinho pela Cidade, de responsabilidade pela Cidade também autorizou o Prefeito a viajar “ad referendum”, porque o Prefeito que sabia que ia viajar, porque não se viaja de uma hora para outra para Washington, só mandou para esta Casa o pedido na quinta-feira à tarde e nós tínhamos a reunião da Comissão Representativa na quinta-feira de manhã. Havia a necessidade de se votar a autorização do Prefeito, porque o Prefeito tinha que viajar. O Prefeito ia buscar recursos para a Cidade e até para fazer obras do tal do Orçamento Participativo, mas a oposição estava com os interesses da Cidade acima dos interesses políticos de cada um de nós, e tínhamos que atender aos anseios da coletividade, que quer as perimetrais.

Há dez anos dizíamos: “precisamos da III Perimetral”. E há dez anos não se fazia um centímetro, especialmente na III Perimetral, mas também em nenhuma delas.

Agora, parece que nos encaminhamos para uma solução, já que o Presidente Luiz Braz, muito atento, telefonou para todas as Lideranças, conversou com todas as Lideranças, e conseguiu das Lideranças a anuência para que o Prefeito pudesse viajar, já que a Lei Orgânica não permite que o Prefeito viaje sem autorização do Legislativo. Mas gostaria que o Executivo tivesse com o Legislativo as mesmas atenções, até porque tem muita gente lá, até advogado contratado por carta-contrato para a saúde. Deve ser para a saúde do advogado. Quando o Executivo deixa de nos atender da mesma forma com que o atendemos, ele também está desatendendo a Cidade, porque os 33 Vereadores são a síntese democrática de todos os cidadãos porto-alegrenses, aqueles que votaram e aqueles que não votaram, mas o Prefeito parece que às vezes esquece que nós aqui estamos para, junto com o Executivo, realizar o bem-comum.

É claro que autorizaremos, referendaremos a viagem do Prefeito, que deve estar voltando hoje. Saúde e paz!

 

 (Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Pelo PT tem a palavra a Vera. Maria do Rosário, para encaminhar a votação do PDL nº 10/98.

 

A SRA. MARIA DO ROSÁRIO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, queremos registrar desta tribuna, em nome do PT, em nome do próprio Prefeito Raul Pont, o nosso agradecimento pela disposição política positiva desta Casa, especialmente do Sr. Presidente, no encaminhamento junto às Lideranças, para que pudéssemos estabelecer este acordo, que nos permite votar hoje a possibilidade de o Prefeito ter-se ausentado já da Cidade de Porto Alegre, na segunda-feira, quando foi ao Rio de Janeiro e, após, a Washington, para assinar os contratos com o Banco Interamericano de Desenvolvimento, o BID, que viabilizam, na prática, a III Perimetral.

É verdade - os Vereadores que me antecederam, nesta tribuna, especialmente o Ver. João Dib, registraram isso - que esse é um plano antigo da Cidade. Nós sabemos disso e sabemos também que não inventamos a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, como disse o Ver. João Dib, assim como sabemos que, nas gestões de Olívio Dutra e Tarso Genro, atuamos no sentido de buscar financiamentos internacionais, criando, inclusive, a Secretaria de Captação de Recursos, para que essa possibilidade exista, hoje, em Porto Alegre, e que a III Perimetral, um plano antigo da nossa Cidade, ligue o Norte ao Sul, com a possibilidade de retirar 30% dos veículos, que, hoje, têm que se dirigir ao Centro da Cidade, centro que é uma ponta.

A III Perimetral é uma grande obra. Ela viabiliza uma ligação nova, um fluxo de veículos ágil para a Cidade entre o Norte e o Sul, e nós temos certeza de que é nesta gestão que nós a estamos retirando do papel e que não se trata de uma promessa de período eleitoral, mas de algo que está previsto no planejamento urbano e que é absolutamente necessário para a Cidade.

Nós nos orgulhamos de um Executivo que encaminha, e de um Legislativo como parte desse processo, lado a lado, aprovando as possibilidades de financiamento, viabilizando a ida do Sr. Prefeito Municipal para os Estados Unidos para a assinatura do contrato, autorizando a assinatura do contrato.

Srs. Vereadores, para uma obra gigantesca como essa é preciso que se diga que nós não temos o direito de ser dela os donos absolutos. A Cidade é dona; nós todos somos donos. É uma obra que viabiliza muito melhor o trânsito de Porto Alegre para que possamos entrar no terceiro milênio com melhores condições, enfrentando, concretamente, os problemas que nós observamos no dia-a-dia e que existem porque, nesta Cidade, na Cidade em que vivemos, há um carro para cada dois habitantes. A III Perimetral tem dois viadutos, uma ponte, uma passagem de nível, um viaduto em forma de anel; ela reestrutura todo o trânsito da Cidade, ligando o Norte ao Sul.

Quero dizer aos senhores da alegria de termos, nesta Casa, Vereadores que são parceiros, para que possamos ter essa possibilidade de colocar na prática a Terceira Perimetral em Porto Alegre, porque viabilizá-la, realizá-la é uma obrigação de todos nós e uma coerência com o que chamamos de planejamento urbano da nossa Cidade.

Por fim, quero resgatar a importância de termos feito todo esse debate acerca dessa estrutura viária, acerca dessa grande obra com o Orçamento Participativo. Não se desmereça nesta Cidade um orçamento público que é feito de forma transparente. Nós estamos buscando um financiamento, existe uma contrapartida do Município, nós estamos atuando permanentemente, discutindo esse Orçamento com a sociedade e nos orgulhamos disso. Acreditamos que todos os Vereadores da situação ou da oposição também têm motivo de orgulho no debate transparente e franco do orçamento público, através do Orçamento Participativo, muito diferente do que ocorre na Assembléia Legislativa, a “anos-luz” diferente do que ocorre no Congresso Nacional, onde há favorecimentos em torno do orçamento público. Aqui em Porto Alegre nós debatemos toda a estruturação, as obras e os financiamentos com a sociedade, pois isso nos faz melhores como sociedade, ouvindo a comunidade; ouvindo o total do orçamento e não somente o 1% que o Governo Britto jogou com a consulta popular.

De toda forma, termino meu pronunciamento com agradecimento ao Sr. Presidente e aos colegas Vereadores. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação o Projeto de Decreto Legislativo nº 010/98. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Requerimento do Ver. João Dib, solicitando que o Requerimento nº 172/98, Proc. nº 2270/98, possa ser votado imediatamente. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Em votação o Requerimento nº 172/98. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Informo que o nosso querido amigo-visitante Ver. Francisco Amaury Laselva tem de se ausentar. V. Sa. honrou-nos com a sua presença aqui em nosso Plenário. Nós queremos colocar a nossa Câmara Municipal a seu inteiro dispor para aquilo que necessitar aqui em Porto Alegre.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 1824/98 - INDICAÇÃO Nº 042/98, de autoria da Vera. Anamaria Negroni, que sugere ao Senhor Governador do Estado, através da Brigada Militar, seja determinado um novo horário na troca da ronda policial na Av. Protásio Alves, no Bairro Rio Branco.

 

Parecer:

- da 2ª Comissão Representativa. Relator Ver. Carlos Garcia: pela aprovação.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão a Indicação nº 042/98. Encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. APROVADA, com a abstenção dos Vereadores Gerson Almeida e Maria do Rosário.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 1826/98 - INDICAÇÃO Nº 044/98, de autoria da Vera. Anamaria Negroni, que sugere ao Excelentíssimo Senhor Presidente da República, através do órgão competente, que o Registro Nacional de Carteiras de Habilitação tenha a integração de todos os Estados da Federação.

 

Parecer:

- da 2ª Comissão Representativa. Relator Ver. Carlos Garcia: pela aprovação.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão a Indicação nº 044/98. Encerrada a discussão. Em votação (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. APROVADA, com a abstenção do Ver. Gerson Almeida.

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 1914/98 - INDICAÇÃO Nº 054/98, de autoria do Ver. Carlos Garcia, que sugere ao Senhor Governador do Estado, através do órgão competente, seja implantado o ensino de segundo grau na Escola Estadual Presidente Prudente de Morais, no Bairro Chácara das Pedras.

 

Parecer:

- da 2ª Comissão Representativa. Relatora Vera. Anamaria Negroni: pela aprovação.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão a Indicação nº 054/98. A Vera. Maria do Rosário está com a palavra para discutir.

 

A SRA. MARIA DO ROSÁRIO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, estamos vivendo uma verdadeira crise no 2º grau. Já foi abordado desta tribuna, em outros momentos, por alguns Vereadores, a situação das escolas técnicas. A verdade é que a nova Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional trouxe novos elementos para a educação que, agora, estão sendo implantados. Mas o Conselho Estadual do Rio Grande do Sul e a própria Secretaria Estadual de Educação, mais realistas do que o rei, fizeram uma leitura da LDB que não me parece adequada. E, quanto às Escolas Técnicas, elas estão implementando no Rio Grande do Sul algo que a LDB possibilita mas que, agora, no Rio Grande do Sul, está sendo obrigatório e isso já acontece em relação ao Parobé, ao Ernesto Dornelles, em relação à Escola Técnica de Saúde do Hospital de Clínicas e a tantas outras escolas. Estão separando o ensino de formação universal, o ensino do 2º Grau, do ensino técnico, criando módulos de educação técnica nas escolas que, então, eram escolas de 2º grau técnicas. Tampouco estão assegurando para os alunos que estão matriculados, hoje, na 1ª série de 2º grau, alunos que fizeram a seleção para o ensino técnico, que permaneçam nos seus cursos. Esta é uma das faces da crise que vive o 2º Grau, da falta de política para o 2º Grau e especialmente aqui no Estado do Rio Grande do Sul, da falta de política que a Secretaria de Educação do Estado está adotando. Sabemos muito bem que as escolas de 2º grau para todo o Estado estão sob a responsabilidade da Secretaria do Estado. Os alunos têm protestado, os pais têm protestado e muito poucos têm sido ouvidos.

De outro lado, o Ver. Carlos Garcia faz uma Indicação ao Sr. Governador do Estado no sentido de que seja implantado um 2º Grau na Escola Prudente de Morais. Eu quero dizer que concordo com o Vereador, mas acredito que, além da indicação que o Vereador faz, é preciso que se reestruture e que se ofereçam vagas para o 2º Grau de um modo geral.

Eu observo, por exemplo, a Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre. Que escola de 2º Grau nós temos na Lomba do Pinheiro? Ver. Gerson de Almeida, nós não temos nenhuma Escola de 2º Grau na Lomba do Pinheiro. Nós temos, na Lomba do Pinheiro, a Onofre Pires, que é de 1º Grau, a Rafaela Remião, que é de 1º Grau. Mais embaixo, na Agronomia, temos o Agrônomo Pedro Pereira, de 1º Grau e não temos nenhuma escola de 2º Grau pública naquela região. Ou os alunos vêm para o Caldas Júnior, para o Paulo da Gama, no início do Partenon, ou vão para o Isabel de Espanha, em Viamão. Isso cria uma crise absurda, porque alunos vinculados a sua comunidade, que estão em escolas de 1º Grau, que têm, inclusive, possibilidade física, como o Agrônomo Pedro Pereira, que tem um prédio conquistado, com muita luta, pela comunidade, novo, que está sendo muito bem-utilizado, com potencial para 2º grau que o Conselho Estadual de Educação não libera a possibilidade da implantação para 2º grau. É preciso que se diga, mesmo com o PDV, do Governo atual, demitindo milhares de professores. Diziam que sobravam professores, mas faltam professores, tanto que o Governo do Estado se obrigou a estabelecer uma política de contratação emergencial, que já há cerca de 10% da folha de pagamento do magistério só em contratados. Sete mil e quinhentos professores contratados no magistério estadual também no 2º grau.

Faço um discurso de aprovação do Requerimento do Ver. Carlos Garcia, mas dizendo, Ver. Carlos Garcia - que acompanha o nosso pronunciamento -, que nós precisamos que em Porto Alegre seja feito um estudo das áreas que não têm 2º grau ofertado, que, possivelmente, no entorno da Escola Prudente de Moraes seja uma dessas áreas, mas há outras áreas citadas aqui, por exemplo, na Lomba do Pinheiro, que não tem 2º grau e que tem necessidade de que seja feito um estudo com urgência, porque, quando o 2º grau é ofertado somente longe das residências, isso é um convite aos alunos para que deixem de estudar, para que assumam a evasão escolar, para que abandonem os estudos. A oferta de vagas em escolas próximas das residências é um dos princípios que temos que ter na educação. Portanto, eu quero aprovar o Requerimento do Ver. Carlos Garcia, chamando a atenção para o que se faz na área técnica do Rio Grande do Sul, como ante-sala da privatização das escolas como o Parobé, Ernesto Dornelles e quero também que possamos fazer, no início desse período legislativo, a partir de agosto, um estudo e uma cobrança da Secretaria de Educação e do Conselho Estadual de Educação para que o 2º grau seja ofertado de acordo com a necessidade em áreas que não estão sendo atendidas em Porto Alegre. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Adeli Sell para discutir a Indicação nº 54/98.

 

O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, o Ver. Carlos Garcia nos dá uma oportunidade, com este Requerimento, de fazer uma discussão que está mais do que na hora da nossa Câmara Municipal assumir, inclusive, vou solicitar, formalmente, à Comissão de Educação que faça um debate sobre o ensino de 2º grau em Porto Alegre, mais especificamente sobre o ensino técnico em nossa Cidade.

Há dias pude ir ao Conselho Estadual de Educação, estive visitando a Presidente do Conselho Professora Líbia Aquino, tendo recebido uma série de informações e documentos que me convenceram de que a Secretaria Estadual de Educação está agindo de forma equivocada, de forma a contraditar a legislação, a começar pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, e os pareceres do Conselho Estadual acerca do ensino técnico em nosso Estado.

Em cinco cidades, incluindo Porto Alegre, foram criados os Centros Estaduais de Tecnologia, onde os alunos deveriam confluir para fazer algumas disciplinas técnicas que não serão ofertadas nas escolas tradicionais. E a nossa Escola Técnica Parobé, de 92 anos de tradição, será desmantelada.

Assim como no Requerimento do Ver. Carlos Garcia se faz uma solicitação explícita, eu diria mais, meu caro e nobre Vereador, nós precisamos também lembrar, além das escolas e dos locais mencionados pela Vera. Maria do Rosário, por exemplo a Lomba do Pinheiro, onde a situação é gritante; precisamos lembrar do Bairro Bom Jesus. Na semana passada, no sábado, houve uma mobilização intensa naquele bairro para a solicitação de uma escola de 2º grau em torno da Vila Nossa Senhora de Fátima no Bairro Bom Jesus. Assim como lá, temos essa grande necessidade e a dependência das nossas escolas de 1º grau e mais especificamente do ensino técnico.

Defendo a ampliação do ensino técnico nos moldes que a LDB nos apresenta. Não é exatamente tudo aquilo que eu penso e defendo, mas é a lei que existe e é dentro dela que pretendo trabalhar. É dentro dela que defendo o ensino técnico de 2º grau para a área agrícola. Quero lembrar que está na Casa um Projeto de minha autoria que autoriza a Prefeitura Municipal de Porto Alegre a selar uma parceria com o Governo do Estado e com o Governo Federal para que tenhamos uma Escola Técnica Agrícola em Porto Alegre. Verificamos e vivenciamos, hoje, o abandono do ensino de 2º grau, o abandono total do ensino técnico de 2º grau. Eu fico com uma imensa preocupação, porque não vejo perspectiva, infelizmente, de selarmos essa parceria.

Meu caro Vereador Carlos Garcia, nós precisamos, além de fazer esse debate aqui na Casa, na Comissão de Educação, fazermos uma ampla mobilização para a manutenção das escolas de 2º grau de ensino técnico a começar pelo Parobé, Protásio Alves e Ernesto Dornelles. Mais do que isso, é fundamental, não só mantermos essas escolas, mas, também, ampliarmos o ensino técnico de 2º grau.

Era isso que gostaria de colocar e dizer. Defendemos o Requerimento apresentado pelo Ver. Carlos Garcia. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Gerson Almeida está com a palavra para discutir a Indicação nº 54/98.

 

O SR. GERSON ALMEIDA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, quero aproveitar a oportunidade que o Ver. Carlos Garcia oferece com esse Requerimento para tratar da questão das escolas de 1º e 2º graus do Estado do Rio Grande do Sul.

Vejam algumas fotos que mostram o estado em que se encontra o Instituto de Educação General Flores da Cunha, uma das mais tradicionais escolas do Rio Grande do Sul, depois de uma chuva forte, dessas que são comuns acontecer nesta época aqui no Estado.

Os livros maravilhosos da biblioteca em estado deplorável. Eu mostro essa fotos, porque a Secretaria Estadual de Educação fechou a Escola Pedro Tochetto, Ver. Carlos Garcia, ali na Rua Caldre Fião. O Colégio Pedro Tochetto faz parte de um sistema de ensino, por ser uma espécie de escola satélite do Instituto de Educação e que permitia a estudantes e alunos de escolas populares acesso ao Instituto Flores da Cunha, diretamente. O que era um projeto de ensino pedagógico muito importante e muito justo, que permitia às classes extremamente populares um acesso a uma escola de qualidade do 2º Grau. Pois, uma chuva, e o fato de uma sala conter uma goteira foi o álibi encontrado pela Secretaria de Educação para fechar a Escola Pedro Tochetto, da Rua Caldre Fião, e, aí, alegando condições de segurança para os alunos e professores. Uma chuva, onde havia uma sala com goteiras, inundou e paralisou todas as aulas no Instituto Flores da Cunha e a SEC não fechou o Instituto, o que mostra que não foi uma decisão administrativa e nem por causa da segurança dos alunos dos e professores, foi uma decisão política, porque a atual administração da Secretaria de Educação, de fato, está sucatando de uma forma violenta a qualidade do ensino nas escolas públicas. No caso do Pedro Tochetto é simbólico, porque é um projeto que vem de anos e que permite o acesso de pessoas de estratificação popular diretamente a uma escola de qualidade como o Instituto.

 Há mais de um ano estão querendo fechar a Escola Pedro Tochetto, não conseguiram. Agora, usaram o álibi da segurança para viabilizar o fechamento e vejam, foram as crianças transportadas para a Escola Santa Luzia, ali próxima. A promessa era de que iriam para a Escola Santa Luzia e manteriam as mesmas prerrogativas que tinham na Escola Pedro Tochetto. Não é verdade. Sabem o que fizeram? Transferiram os alunos. A Escola Pedro Tochetto, hoje, não tem mais alunos, ela não foi fechada porque somente o Conselho Estadual de Educação é que pode fechar a escola, transferiram os alunos e tiraram o direito daquelas crianças de ingressarem no Instituto de Educação. Agora, como todas as outras crianças, devem-se submeter ao sorteio, ou seja, é um projeto pedagógico importante, é um projeto pedagógico que realmente tinha valor e que vem sendo implantado há anos e que agora, por essa política de ver a escola como mercadoria e a educação como um produto igual a outro, argumentaram que, como havia apenas cem alunos e uma relação professor-aluno superior a média estadual, que é ridiculamente alta, acharam que era uma escola que não tinha economia. A qualidade do ensino, natureza e a importância, isso não é mais critério para a SEC, o critério é a mercadoria, é transformar a escola num supermercado e num produto igual a outro.

Por isso, quero denunciar e concordar com a Indicação do Prof. Carlos Garcia, e demonstrar que, de fato, Indicações como esta teríamos que fazer às centenas, porque a educação de segundo grau, em Porto Alegre e no Estado, está sucatada, a falta de professores é generalizada. O Governo mente ao dizer que há professor e a Secretaria mente ao dizer que não faltam professores. O professor Carlos Garcia conhece tanto ou melhor do que eu a ausência de professores e a incapacidade de substituí-los. Fica a denúncia e o apoio à Indicação do caro Vereador. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Carlos Garcia está com a palavra discutir a Indicação nº 54/98.

 

O SR. CARLOS GARCIA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. O motivo que nos levou a fazer tal solicitação foi que aquela comunidade está necessitando - aqui endosso as palavras dos Vereadores que me antecederam - de uma escola de segundo grau, assim como inúmeras comunidades na Cidade. Pergunto aos Vereadores:  aumentou o número de escolas de segundo grau no município de Porto Alegre nos últimos anos? Sabemos que não. Ao mesmo tempo sabemos que a população da Cidade tem crescido, isso por si só é um paradoxo e mostra realmente as necessidades. A grande concentração de escolas públicas estaduais converge para o centro da Cidade ou nas proximidades do Centro. É ali que está concentrada grande parte das escolas. Na periferia de Porto Alegre, são raras as escolas e, por isso, o volume da demanda é muito grande.

O Ver. Adeli Sell colocou a problemática das escolas técnicas. Gostaríamos de ressaltar que, no dia 11 de agosto, este Vereador, através da Comissão de Educação, propôs uma reunião conjunta com as escolas técnicas de Porto Alegre: Parobé, Ernesto Dornelles, Protásio Alves e Hospital de Clínicas, juntamente com a Secretaria de Educação, Superintendência de Ensino Profissionalizante e o Conselho Estadual de Educação. Faremos uma ampla discussão aqui nesta Casa, para ver como fica a situação do ensino técnico em nossa Cidade.

No ano passado, tivemos a oportunidade de fazer um Pedido de Indicação de uma escola de segundo grau na Ilha da Pintada, que é o local onde hoje moram aproximadamente nove mil pessoas, e não possui uma escola de segundo grau. E ainda tem um agravante, grande parte delas estudam no Bairro Navegantes, só que essas pessoas que estudam à noite, têm que sair antes do final da aula para pegar um ônibus, às 23h, porque, do contrário, não conseguem ir para as suas residências. E tanto se fala neste País sobre a questão de priorizar a educação!

Então, eu concordo com o que foi dito pelos demais Vereadores: essas Indicações que nós estamos propondo têm que ser feitas, mas tem que ser feito um estudo do número de escolas existentes, hoje, em Porto Alegre, de segundo grau, do número de alunos, e da demanda. Pode-se dizer que nos últimos anos não existem mais filas, mas o que foi feito, em grande parte, foi uma situação arranjada, e é este o termo, porque as pessoas inscrevem-se e aguardam em suas casas. Mas se nós notarmos, no início desse ano letivo, as pessoas, cansadas de ficar em casa, se movimentaram até a Secretaria de Educação em busca de uma solução para as suas vagas. E o que foi constatado é que muitas pessoas queriam vagas próximas às suas residências e não conseguiram, foram deslocadas para outras comunidades. E é o que ocorre - como o Ver. Gerson Almeida falou - na questão do Pedro Tochetto e do Santa Luzia, que são próximos, mas as crianças que tinham aspiração de ter um segundo grau garantido no Instituto de Educação vão deixar de ter. E a incoerência dessas atitudes é que são mudanças de regras feitas ao longo do caminho sem a discussão com a comunidade. E tanto se fala hoje em autonomia escolar. Onde está a autonomia escolar? Onde está a autonomia da comunidade ? Simplesmente, a população, hoje, é jogada para um lado e para outro. E nós sabemos que educação deve ser prioridade, só que não é encarada como prioridade.

Por isto solicitamos aos colegas Vereadores que acolham este Pedido de Indicação, para a Escola Prudente de Moraes, que é realmente uma escola pública modelo em nossa Cidade, em nosso Estado. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação a Indicação nº 054/98. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 1959/98 - INDICAÇÃO Nº 055/98, de autoria da Vera. Anamaria Negroni, que sugere ao Senhor Governador do Estado, através da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), a colocação de um poste de luz na Rua Vasco Alves, entre a Av. Loureiro da Silva e Rua Washington Luiz, no Centro.

 

Parecer:

- da 2ª Comissão Representativa. Relator Ver. Fernando Záchia: pela aprovação.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação a Indicação nº 055/98. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 1967/98 - INDICAÇÃO Nº 056/98, de autoria do Ver. Cláudio Sebenelo, que sugere ao Senhor Governador do Estado, através do órgão competente, a instalação do “cash” para saque, do BANRISUL, no Posto Câmara Municipal de Porto Alegre, no lado externo do mesmo.

 

Parecer

- da 2ª Comissão Representativa. Relator Ver. Paulo Brum: pela aprovação.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão a Indicação nº 056/98. (Pausa.)

Muito embora seja um pedido que está em discussão, gostaria de registrar que estivemos reunidos com a Diretoria do BANRISUL e já existe um acerto entre a Presidência, esta Casa e a Diretoria do BANRISUL para que este serviço seja instalado aqui em nossa Câmara, mas, como é uma Indicação, sou obrigado a colocá-la em discussão e votação.

O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir.

 

O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Há dias coloquei aqui uma discussão sobre o temor que tenho sobre o futuro do BANRISUL. O BANRISUL agora tem apenas oito mil funcionários, já teve doze mil, com mais dois milhões de contas de gaúchos que vieram da Caixa Econômica Estadual não está conseguindo, lastimavelmente, atender a todo este público. Não é culpa dos seus funcionários, não é culpa dos estagiários, apesar de eu insistir que estagiário não é bancário, mas eu quero, sim, que o BANRISUL garanta estágio para jovens poderem se qualificar, poderem aprender e assim disputar o mercado de trabalho, mas o bancário tem uma qualificação.

 Este pedido do Ver. Cláudio Sebenelo de colocar um caixa na parte externa da nossa agência é fundamental e é importante que o Ver. Luiz Braz já tenha acionado, através da Mesa Diretora. Não poderia ser de outra forma, porque eu sei da sua preocupação em manter essa agência aqui e manter os bons serviços do BANRISUL. Que bom que nós tenhamos mais esse serviço, mas a minha preocupação, meu caro Presidente Luiz Braz, a respeito do nosso BANRISUL, não é apenas possibilitar àqueles que tenham o cartão eletrônico poder acessar o Banco a qualquer hora do dia. É muito importante que nós tenhamos este mecanismo aqui nesta agência, mas eu creio, meu nobre Vereador que nós possamos ter também, daqui para a frente e cada vez mais, o empenho do conjunto desta Casa na defesa do BANRISUL e do conjunto dos serviços oferecidos por este Banco, porque hoje, infelizmente, não temos a devida atenção, porque o banco está sendo sucatado, e sabemos que à porta dele há um comprador.

O Banco Brasileiro de Descontos, BRADESCO, quer o BANRISUL, mas o povo gaúcho quer que o BANRISUL continue sendo um banco público, que possa financiar a produção, o desenvolvimento, que possa ser aquele banco que gere emprego e renda, através de mecanismos. Vimos, recentemente, na Comissão de Economia, Finanças e Orçamento, Ver. João Dib, uma discussão sobre o microcrédito, e o próprio representante do Banco mostrou o quanto é difícil, pela burocracia, o cidadão comum atingir a condição de poder acessar o microcrédito no nosso querido BANRISUL. Muitas coisas devem mudar no nosso Banco. Mudar para qualificar o banco, e é por isso que, inclusive, apresentei uma Moção nesta Casa para que a gente discuta o concurso, já, no BANRISUL, que possamos ter um quadro mais amplo para dar conta das inúmeras tarefas. É bom que tenhamos os caixas-eletrônicos, mas eles por si só não bastam e nós temos que ir além e defender o BANRISUL como um banco público, porque um Estado, que se quer moderno, que quer desenvolver a sua economia precisa ter o seu banco público.

Que tenham os bancos privados, mas que nós possamos ter o nosso BANRISUL. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Juarez Pinheiro): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir a Indicação nº 56/98.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Ver. Juarez Pinheiro, na Presidência da Casa, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, aqueles Vereadores que circulam pela Casa, especialmente pela área do terceiro andar, estão vendo que estamos com obras ali. Uma delas deve abrigar a nova agência do BANRISUL. Isso já foi pensado há algum tempo, é do projeto original da Casa e faz parte da segurança que todos nós devemos ter, uma vez que a agência da Caixa Estadual, que antecedeu a agência do BANRISUL que temos hoje aqui na Casa, foi assaltada duas vezes. Nessas ocasiões, os nossos funcionários correram perigo.

Acredito que, brevemente, já que as obras caminham celeremente, a agência estará instalada no terceiro andar.

Ao lado dessa segurança, nós também buscamos fazer com que os funcionários da Casa tenham uma facilidade maior, já que fora do horário normal de funcionamento e em finais de semana, os funcionários têm dificuldade em sacar dinheiro.

Nós recebemos aqui, há mais ou menos duas semanas, um dos diretores do BANRISUL, e, em conversa com ele, ficou estabelecido que, tão logo seja instalada a nova agência, nós teremos a possibilidade de instalar um caixa eletrônico para retiradas em “cash”, como solicita, na Indicação, o Ver. Cláudio Sebenelo.

A Indicação do Ver. Cláudio Sebenelo vem reforçar o entendimento que temos com o BANRISUL; é uma força a mais, principalmente quando este Plenário vai votar uma matéria que vai beneficiar principalmente os funcionários da Câmara Municipal. Não é nenhum benefício a mais a não ser para o grupo de funcionários da Casa, que são em torno de seiscentos funcionários no quadro funcional.

Acredito que será bom para todos os que têm as suas vidas fundamentadas no trabalho dentro da Câmara Municipal essa facilidade a mais.

Sou favorável a essa Indicação, que reforça o entendimento inicial que temos com a Direção do Banco. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Juarez Pinheiro está com a palavra para discutir a Indicação nº 56/98.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, a proposição do Ver. Cláudio Sebenelo me enseja participar desse debate, nesse período final de Comissão Representativa, já que na semana que vem ingressaremos no período ordinário de discussões. O tema é polêmico, cuja discussão, com muita honra, ajudei a fazer. Esta Câmara de Vereadores - não o Vereador, que sequer teve o nome citado no Jornal Nacional - foi referência nacional na discussão do atendimento bancário. A repercussão disso se verifica nos pedidos, e já passam de uma centena os municípios de todo o Brasil, que solicitaram ao Setor de Protocolo da Casa, ou diretamente a este Vereador, a cópia da proposta por nós feita. Na verdade a automação bancária e o corte de pessoal tem gerado, em todas as grandes capitais e em muitas cidades do País, problemas de atendimento bancário aos usuários.

As vítimas são muito claras: de um lado os trabalhadores bancários, que vêm perdendo, de forma assustadora, seus postos de trabalho - aqui em Porto Alegre, antes do Plano Real, tínhamos vinte mil bancários, e hoje temos apenas doze mil bancários -; e a outra ponta são os usuários, que se obrigam a ficar por horas a fio nas filas dos bancos para que os banqueiros, com o corte de pessoal e sem pessoal suficiente no setor de caixas, acabem se beneficiando.

Queremos chamar a atenção de que a proposta do Ver. Cláudio Sebenelo - por isso vamos abster-nos de votar essa matéria - pega uma questão que é a causa do problema. A automação bancária em nada melhora o atendimento bancário, ao contrário, esse instituto que está sendo usado pelos banqueiros é o que tem gerado, na verdade, problemas aos usuários. Temos, neste País, apenas 20% das pessoas com contas bancárias. Se tivermos o entendimento de que colocando máquinas nas agências bancárias vamos resolver esses problemas, estamos absolutamente equivocados. Não estou contra que seja colocado esse equipamento aqui junto à agência do BANRISUL, mas chamo a atenção de que essa solução por si só não vai resolver a questão.

Sentimo-nos honrados por ouvir a opinião de quem pensa contrário a nós, como o Presidente da Associação de Bancos, Sr. Ricardo Rusowski que disse que não pretende fazer a disputa jurídica quanto à legalidade e constitucionalidade dessa Lei inédita proposta por mim e por esta Câmara de Vereadores. O próprio Presidente do Sindicato dos Bancos, que é Presidente também do BANRISUL, reconhece que o atendimento bancário atualmente executado, não só em Porto Alegre, mas, principalmente, nas grandes capitais, é absolutamente caótico e precisa ser reformulado.

A Lei, apesar de já publicada no Diário Oficial do Município, permite que os banqueiros tenham um período de 60 dias para se adaptar às suas disposições. No caso do não-cumprimento da referida Lei, as punições vão desde uma advertência, passando por multa e chegando a suspensão do alvará de funcionamento. A matéria, inclusive, está sendo discutida nessa semana na Revista Época, de circulação nacional, proporcionando, a partir do momento em que estabelece um fórum de discussão no sentido do local, uma discussão que julgamos importante, porque não era mais possível que os munícipes ficassem absolutamente à mercê da ganância dos banqueiros sempre em querer auferir maiores lucros. Essa discussão é importante. O Ver. Cláudio Sebenelo apenas tangência a sua discussão e coloca como solução um fato que, na verdade, é a causa dos problemas que hoje afligem os moradores das grandes cidades. Muito obrigado.

       

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação a Indicação nº 056/98, de autoria do Ver. Cláudio Sebenelo. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA, com a abstenção do Ver. Juarez Pinheiro.

Não havendo quórum, encerramos os trabalhos.

 

(Encerra-se a Reunião às 11h32min.)

 

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